Essa noite eu não te encontrei em meus sonhos. Acordei logo muito cedo, 5h40. Que Deus o tenha. A ansiedade da alma que rumina… algo não se encaixa.
Volto as origens para tentar entender quais são os motivos, e não os vejo.
Um equilíbrio constante é necessário para se acordar e também dormir, se não, fuja dos seus sonhos ou nos seus sonhos, como foi o caso.
Talvez o melhor da vida seja a possibilidade de alçar voos – como nos meus sonhos, ou talvez tudo seja a mesma coisa, vida e sonho.
Quem está em suspensão consegue pousar? E quando não se pousa – por opção ou ilusão carnal, o voo é eterno e constante? A energia não acaba? E o combustível?
Lembrei de um trecho de Beatriz. Chico Buarque escreveu para a então tua Marieta Severo: “Me ensina a não andar, com os pés no chão…”
Será assim também pra ele?
Não há cortina. E ao olhar entendi que houve um tempo onde você não gostava de dormir com a luz do dia e eu já fui o inverso por alguns anos, mas hoje as mudanças e decisões – talvez foco, me levam até você…
“Solidez, clareza, incerteza, verdade, glória, capacidade, timidez e intensidade.”
São apenas palavras ou é um trecho de você? Tento encontra-lo até nas entrelinhas, mas está tudo bem.
Ao acordar notei que o tempo lá fora é diferente. Tudo passa depressa de mais.
Será o tempo que passa, ou passamos nós?
Que segurança uma barraca te traz? Lona forte, corte ao tempo, astros à pino. Houve um tempo…
Não senhor, não por favor fique por favor triste favor por por senhor. Não. Você sabe o caminho, feche os olhos e veja.
Durmo agora, pra ser mais forte amanhã.
Bom dia.
Igor Florim