Me peguei em você, outra vez.
(Será que um dia nada disso fará mais sentido?)
Te encontrei em Fortaleza. Vi teus caminhos, teu ônibus voltando da casa dos seus pais, a visita nas suas tias, teu curso de princípios básicos… muito se sentia e pouco conseguia por pra fora. Você se sentia pequeno perto dos Pereiras e não sabia quando e até onde se aproximar, mas sabia que deveria.
Indo mais um pouco, cheguei as tuas madrugadas e notei que você também pulava de madrugada em madrugada, e seus passeios travestidos eram infinitos. Sua curiosidade e interesse foram te aproximando das pessoas e lugares certos e você sentia onde iria chegar.
Ps: aqui, precisei retornar pra dizer que isto, foi se apropriar. Como faço com você. Sinto que o caminho é o certo.
Vi as suas lutas, trabalhos e estudos. O começo de tudo. Muita coisa foi se perdendo neste momento. Muito ficou pra trás. O garoto amadureceu e o novo se tornou velho.
Onde está você agora?
Escolhas…
Talvez – sem querer, eu esteja seguindo passos iguais aos seus. E assim como você também não sabia, eu não sei onde me levarão.
O que terei que deixar pra trás?
Estou lutando pra me recompor.
Igor Florim