Tempo… quando aquela estrela te transforma e traz sonhos com teu filho. Teu cachorro também havia envelhecido. E a sensação de abandono necessário, de fuga, de tempo perdido.
Tempo que passa e a gente nem vê. Quando vê, passou, perdeu. Meu filho ficou por mais de dez anos sem me ver. Quando no nosso abraço, senti o cheiro do cabelo dele, encostando o nariz bem no meio da sua cabeça e apertando seu corpo contra o meu, lembrei de todo o sentimento.
Que saudade.
Não vou me despedir porque dói.
Deixe-me ir.
A janela continua aberta, e eu, tão distante dela.
Neste dia, houve bolo, bebê (outro) e muita alegria. Família.
Hoje houve solidão, rotina com o direito a acordar 1 hora mais cedo do que o normal (não reclamo da vida que levo, eu quem escolhi e hoje sou livre, mesmo ainda sendo preso) e um princípio de uma nova amizade.
Cadê o meu filho?
Cadê o meu amor?
Cadê a minha vida?
Me refiro a três coisas diferentes. Um dia terei vocês ou apenas um ou nenhum. Depende de qual parte da sua alma você queira acreditar depois que sai da cama.
Deixe-me ir…
Pense bem antes de agir e, sobretudo: resista.
Hoje ta pago.
Igor Florim