Então o que te falta para progredir é essa sua acomodação terminar

Já que não escutas nada alegando ceticismo, se mantém na prisão de nunca ser quem tu realmente nasceu pra ser

Entenda que não precisas se ocupar dando desculpas

Criando esse teatrinho todo, como se a vida nunca fosse terminar

Seu tempo de agir é todo dia e mesmo assim não utiliza um só raiar do sol para se reerguer junto

Lembro de quando olhou nos meus olhos e me contou da sabedoria que esconde

Mas te digo que ela de nada vale

Tudo preso dentro de ti e o mundo todo desamparado, em busca desse saber

Escondido pelos medos que tu vibra

Este foi o seu maior erro

Querer se preservar

Note que conhecimento algum é apenas seu, pois se for, será somente um conto que nunca foi dito

E tu deixando o mundo inteiro cego desses conhecimentos

Esse é o maior egoísmo que você escolheu para ti

Abnegar-se-à

Estou escrevendo agora o conto da morte

Quando tu escolheu não viver a sua própria vida para se importar com o que um outro alguém vai achar de ti

E peço desculpas pela rispidez mas não encontro outras formas de te atingir

Embora esse nunca foi o meu papel

Mas por favor, se liberte agora

É a minha última tentativa

Não direi mais coisa alguma neste conto. Na esperança de endossar o meu coro

Pare de guardar esse mundo aí dentro

Tu nasceu

Cresceu

E não está vivendo

Já será o bastante para tudo aflorar, tu viver

Não tem nada mais lindo do que uma alma livre no mundo e enquanto uma única pessoa não se libertar, todos estaremos presos também.

Igor Florim